Não existe forma de se tratar o excesso de peso sem adotar um estilo de vida saudável, com menos consumo de alimentos calóricos e mais exercícios físicos.
Para crianças e adolescentes, modificar o estilo de vida significa mudar hábitos familiares, que muitas vezes são resultado de nossa forma de pensar. Por isso, é muito importante procurar um médico especialista que poderá indicar tratamentos auxiliares como: acompanhamento psicológico, uso de medicamentos, entre outros.
Não é preciso ir muito longe para sentir os benefícios.
A partir de 5 %34
• Melhor taxa de colesterol HDL (o colesterol bom) • Melhor qualidade de vida • Menos gordura no fígado (esteatose hepática)
Entre 5 % e 10 %
34
• Melhora na função urinária • Menos dores nos ossos e articulações • Menos problemas de mobilidade com aumento da idade • Possível redução do risco de depressão
A partir de 10
%
34
• Menos chance de desenvolver doença no fígado não ligada ao consumo de álcool (esteato-hepatite não alcoólica)
• Menos problemas no coração e sistema circulatório
• Melhor taxa de colesterol HDL (o colesterol bom) • Melhor qualidade de vida
• Menos gordura no fígado (esteatose hepática)
• Melhora na função urinária • Menos dores nos ossos e articulações • Menos problemas de mobilidade com aumento da idade • Possível redução do risco de depressão
• Menos chance de desenvolver doença no fígado não ligada ao consumo de álcool (esteato-hepatite não alcoólica) • Menos problemas no coração e sistema circulatório
Comece com caminhadas curtas, que podem ser em família ou com os amigos, e aos poucos aumente o tempo e/ou a distância.
Atenção à postura: cabeça erguida, costas eretas e ombros relaxados.
Os primeiros minutos são de aquecimento, então, nada de pressa.
Aproveite os parques e praças: o exercício físico deve ser um programa divertido.
Se aparecer alguma dor, pare e procure um médico assim que puder.
Prepare pequenas porções de petiscos saudáveis para matar a fome fora de hora.
Na hora de fazer o prato, vá por partes: metade para vegetais ou frutas e a outra metade para grãos e outras proteínas.
Em vez de eliminar totalmente seus alimentos preferidos do cardápio, comece diminuindo as quantidades.
As refeições devem ter horários definidos evitando que a fome aumente fora de hora.
Dividir o conteúdo da embalagem em porções ajuda a controlar as quantidades.
Troque comidas gordurosas por saudáveis: em vez de frituras, opte pelas cozidas a vapor ou assadas.
É mais divertido quando a família e os amigos fazem juntos escolhas saudáveis.
No restaurante, dividir a porção de entrada é um bom começo.
Conhecer o cardápio antes de fazer o pedido ajuda a achar as melhores opções.
Peça refeições sem molhos, manteiga ou margarina.
Leve petiscos saudáveis e não perecíveis.
Para acompanhar a refeição, a melhor bebida é a água.
Quando for viajar, prefira levar alimentos preparados em casa.
Peça porções menores nos restaurantes.
Encontre tempo e lugares para caminhadas.
A lista de compras deve seguir o plano das refeições.
Ir ao supermercado com fome? É bom evitar.
Prefira os alimentos frescos, sempre que possível.
Os rótulos nutricionais dos alimentos apresentam informações sobre porções, calorias por porção e quantidade de gordura para adultos, então lembre-se disso ao alimentar uma criança.
Ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos é importante, mas pode não ser suficiente. Manter o peso ideal é um grande desafio. A ciência comprovou que, depois de perder peso, o corpo passa pelo menos 12 meses tentando recuperar os quilos perdidos.²⁴ O metabolismo também costuma ficar mais lento após uma perda de peso significativa, contribuindo para o reganho de peso.⁴⁴
Entenda melhor no vídeo abaixo:
Não existe só uma maneira de se tratar a obesidade. Em crianças e adolescentes, para entender as causas e decidir que caminho seguir, é ainda mais importante ter o acompanhamento correto. Só o médico pode indicar o tratamento adequado. Por isso, é indispensável buscar ajuda profissional.
Uma coisa é certa: todo tratamento precisa começar com mudanças no estilo de vida, que vão da alimentação à prática de exercícios físicos. As alternativas também podem incluir tratamento medicamentoso e cirurgia bariátrica, também conhecida como redução do estômago.
A obesidade é uma doença crônica e progressiva e necessita de tratamento contínuo. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário. Só o médico responsável pelo paciente pode indicar a melhor opção de tratamento sob prescrição.⁴⁵
A cirurgia bariátrica em adolescentes é restrita a duas condições principais: idade mínima de 16 anos e Z-IMC igual ou superior a +4 (em menores de 16 anos a cirurgia é considerada experimental).⁴³
Nos mais jovens, a cirurgia pode levar a uma redução futura nas taxas de mortalidade e evitar o surgimento de outras doenças.⁴³
Segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico- Vigitel (2019), em 13 anos, o número de pessoas com obesidade no Brasil cresceu 72%, afetando com excesso de peso, que atinge 57,2% dos brasileiros. Entretanto, mudar essa realidade exige esforço, dedicação, apoio de pessoas próximas, acompanhamento de especialistas e, quando necessário, tratamento farmacológico ou cirúrgico.¹⁵
A forma mais eficaz de se combater a obesidade é a mudança no estilo de vida, com hábitos saudáveis. Além de ajudar no controle da obesidade, uma dieta equilibrada aliada com exercício físico também pode auxiliar no controle de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) associadas ao excesso de peso.⁴⁸ Intervenções medicamentosas podem ser consideradas quando medidas não farmacológicas não surtem efeito, contribuindo para o controle da doença e diminuição das comorbidades.⁴³ Entre as doenças associadas à obesidade estão doenças cardiovasculares, diabetes, distúrbios musculoesqueléticos e determinados tipos de câncer, como endometrial, de mama, ovário, próstata, fígado, vesícula biliar, rim e cólon.⁵
Em casos de obesidade grave e sem sucesso no tratamento clínico, a cirurgia bariátrica surge como opção, desde que indicada por um médico especialista – são levados em consideração o IMC, a idade, doenças associadas e tempo de obesidade.⁴⁹
Vale ressaltar que a melhor forma de combater o excesso de peso e as comorbidades é por meio da mudança de hábitos e que o acompanhamento psicológico é fundamental para o sucesso das intervenções, seja ela não farmacológica, medicamentosa ou cirúrgica.⁴⁸ Também é fundamental que pessoas próximas ao paciente contribuam para a perda de peso, oferecendo apoio sempre que necessário.